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sexta-feira, dezembro 30, 2016




a caixa das emoções

quinta-feira, dezembro 29, 2016

@photobyMarleneBarreto

"Sinto Muito", começo-o precisamente num dia especial, esta noite de consoada em que por agora famílias se reúnem depois de há muito distantes, trocam presentes, abraços e beijos e deliciam-se com o belo perú de Natal ou com o bacalhau, para quem o prefere como eu.
Hoje sinto muito, sinto muitas coisas. Não é de hoje, não é de ontem... é de sempre. As emoções são variadas, as conversas interiores não me cabem e transbordam-me. 
Não foi fácil convencer os que gostam de mim, que este ano queria um Natal de Reflexão. Vai lá explicar àqueles que nos querem ver ao seu lado... o que é um momento de reflexão num dia como estes??! Tarefa nada fácil, digo-vos já. Primeiro criticam (não acham jeito nenhum), depois fazem uma chatagenzinha emocional (como se ainda tivesse 10 anos de idade e fosse ceder), depois conformam-se e deixam de insistir e até ligam desejando "boa noite" ... É tão maravilhoso, assistir à mudança de mentalidade por mais "old school" que esta seja. Na verdade, a maior estratégia foi avisar o mais em cima da hora possível, a fim de minimizar pressões. 
Refletir sobre o ano que passou (na verdade, os anos que passaram), arrumar o turbilhão que se espalhou desorganizadamente na minha caixa de emoções e conseguir gerar clareza, certamente que é um objetivo ambicioso para uma noite ( mesmo que se trate da noite de Natal em que a conexão energética é mais forte), mas não deixa de ser um começo para um REcomeço. 
É impossível fazer o balanço de 2016 sem o interligar a 2015. 2015, foi o ano do AMOR (de muito Amor, mais do que alguma vez julguei sentir) e de entrega de alma. 2016 foi o ano da (R)evolução espiritual, de conexão energética, do auto conhecimento e da necessidade de libertação do ego e ou julgamentos que diariamente me boicotam. 2016 depende inteiramente de 2015 por motivos óbvios. 
"Para entender a essência de uma alma é necessário conhecer o caos", diz M. Cheri Camara. Não faço a mínima ideia quem seja, mas esta pessoa sabia do que falava. 
A minha maior perda humana ( a partida de um amor de VIDA) e o meu caos interior abriram um espaço por preencher. Um espaço que se deixou tão vazio de sentido e propósito que só a busca pela minha Essência o conseguiu fazer sombra. Não sei se me cruzei com ela ou não ( a Essência) mas sinto-me com força para continuar embora tão frágil. Sinto-me serena embora em constante turbulência. Sinto-me no trilho apesar de em vários momentos me desviar dele. Sinto-me grata e desta vez SEM conjugações adversativas. Grata por saber que há um "sentido", grata por ter um Passado, pelos momentos que me fizeram sentir amada, que me fizeram sentir Humana e pelos momentos que me deram e continuam a dar a oportunidade de dizer o quanto Amo. Sou grata por ter um sorriso fácil, pela redescoberta do que me apaixona, grata pelas pessoas que entraram na minha vida, pelas pessoas que permaneceram nela e até mesmo pelas pessoas que saíram, por já não haver motivo para ficarem. A triagem faz-se naturalmente e sem pressões. Aliás, essa é uma das maiores lições ... "Sem Pressões", porque se é nosso, cedo ou tarde, vem ou vai. Quanto mais desejamos uma coisa mais vibração do "querer" estamos a colocar nela... logo: "O que é que atraímos?". Apenas "continuar a querer" ... é a lei da atração. O melhor será Entregar. (E esta aprendi com uma daquelas pessoas que entram na nossa vida para revolucionar. E têm sido muitas as que têm feito a sua mossa pelo lado positivo e negativo e sinto gratidão por isso). 
Acabei agora de Meditar. Confesso que foi o primeiro Natal passado em meditação, mas desejo muito sinceramente, não ser o último. Nunca foi fácil para mim estes momentos comigo própria e hoje tornaram-se uma necessidade. Só no silêncio ouvimos o grito da alma e temos a verdadeira oportunidade de perguntar: "Para onde vamos?", "Para onde é suposto caminhar?" ... vejamos a meditação como um ato de generosidade connosco, um momento de amor próprio, de arrumação da casa da alma. 
Hoje sento-me e começo um espaço de reflexões, de crónicas, pensamentos, devaneios (pirosos para uns e poderosos para outros... há sempre os dois lados). Poderosos para mim que escrevo como terapia e pela paixão do feedback e apoio do outro que me ajuda todos os dias, poderosos para quem se identifica e só quer encontrar um motivo para prosseguir ( e existem tantos) ... estejamos atentos aos sinais. Não nos comprometamos com ninguém a não ser que nos comprometamos connosco próprios, primeiro. 

Marlene Barreto

Ps: Vivamos cada dia de 2017 como se fosse o último. Só o "aqui e agora" faz sentido. Beijemos os que mais amamos, abracemos os que mais admiramos e não deixemos nada por dizer. A palavra e as emoções fazem de nós Humanos. Feliz 2017.






uma "espécie de amigas"

sexta-feira, dezembro 23, 2016

 Um dia a escrita apareceu, e com o seu jeito sedutor sorriu-me e de uma forma pouca própria ( diria mesmo que humanamente desonesta ) convidou-me a entrar no seu mundo. A princípio hesitei mas depois, ela bem soube dar-me a volta tornando-se vital e necessária à minha sanidade mental. Hoje, somos uma “espécie de amigas” que aprenderam a andar de mãos dadas mas com alguma distância em sinal de respeito. Temos uma relação aberta, não deixando que uma interfira na vida da outra, mas verdade seja dita, ambas conhecemo-nos com muita intensidade. E numa espécie de votos , prometemos estar lá, uma para a outra nos dias de alegria e também nos mais tristonhos. Nos momentos bonitos e naqueles que são verdadeiros momentos filhos da p**** . Sem filtros, nem compromissos apenas com o sentimento próprio de uma relação de Amor e cumplicidade. “Sinto Muito”, um blog de crónicas, reflexões, histórias reais, irreais... (o que for).

Marlene Barreto 

PS: Quero agradecer aos @pingiaocubo pela bandeirola de madeira que personalizaram com muito sentimento, tenho a certeza.
@photobyMarleneBarreto


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