"L'essentiel est invisible pour les yeux"

domingo, fevereiro 12, 2017


@photobyMarleneBarreto
Tenho me deparado  várias vez com a mesma frase: “O essencial é invisível aos olhos” do Saint Exupéry. Acho que todos já a ouviram, leram nem que seja uma vez na vida ( e não estou a generalizar. Quem viu, viu. Quem não viu que a leia ao menos uma vez). Talvez por estar mais suscetível ao invisível, àquilo e a quem não posso ver - mas que posso sentir - esta frase pesa-me toneladas. 
O que é invisível mas que me vale tanto, pergunto-me?
 
Começo um trajeto mental e obsessivo por refletir sobre todos os itens da minha vida (que me lembre) que sejam invisíveis, porém fundamentais. Às vezes chego à conclusão que nunca formalizo uma opinião enquanto não a escrever. É real. Só quando escrevo, entendo que a minha mente entende. Só quando formalizo uma frase, percebo que comecei a conceber uma opinião/ ou uma posição sobre algo. Até lá andamos (eu e a minha mente) no vácuo como duas pessoas que se encontram e dizem: “olá bom dia” e a partir daí cada uma vai à sua vida.
Depois de tanta insistência do Universo, decidi então responder-lhe da forma mais direta e honesta que sei. Vale-me indiscutivelmente muito a clareza da mente. A confusão mental é o primeiro indicador que está na hora de parar e ouvir-me. Quando renuncio a esse apelo, a tendência é o caos instalar-se.  A turbulência do mundo, a perturbação das pessoas tendem a intoxicar-me e eu nem sempre me apercebo. Apenas ganho noção quando perco a noção.
É-me tão importante a Energia que independente da direção que tome só ela me conduz onde é imperativo chegar. A Energia, essa que compõe o meu coração, que percorre o meu corpo e que se instaura no meu cérebro. A Energia que se coloca à disposição da minha sobrevivência física mas que é tão maior. A Energia que repele o que não me faz bem e aproxima quem vibra na mesma frequência. A Energia que me alerta sobre situação que me vai retirar o eixo. A Energia de uma alma que se reflete na minha. A Energia que faz o pôr do sol acontecer, que é responsável pelo desabrochar de uma flor e que faz o vento soprar. A Energia que me faz acreditar que quem não vejo, está comigo todos os dias.
Lembro-me, assim numa fisgada só, do Amor Próprio que se constrói por cima de telhados tantas vezes de vidro e quando estilhaça, o trabalho de o reconstruir é sobrenatural. Faz-se passar desapercebido mas tem a força de um tsunami. Ele ecoa como um grito interno que derruba os falhanços e faz erguer as glórias.
Depois vem -me à mente a Gratidão. Tão invisível. Eu sinto-a como se fosse uma espécie de bolha de ar que incha dentro do peito. A gratidão por coisas tão simples como ter do que me “alimentar”. Que pena tenho eu daqueles que não vêem alimento em nada. Assim se perde o sentido de uma vida.
É também invisível o prazer de Vibrar com o que mais gosto de fazer. Ir diariamente para o trabalho policiando os ponteiros do relógio é tão grave ao ponto de questionar o que quero eu fazer com a Vida? A Vida, que preciosidade essa.
De todos itens de invisibilidade declaro o Amor, (o meu amor) a minha emoção mais essencial. O amor, aquele que é meu e é o responsável pelas minhas maiores loucuras, aquele que define as minhas prioridades, que me faz situar interiormente enquanto simultâneamente rouba a minha percepção de tempo e espaço. O amor que é tão singular a cada um, que tem uma identidade tão própria. O amor, esse artista dos artistas, o poeta dos corações… aquele que desorganiza o jogo, chacoalha o coração, faz brilhar o olhar e cria os alicerces básicos para a minha sobrevivência. O meu amor, aquele que é só meu. Preciso do amor assim como qualquer texto precisa da vírgula para respirar , como a lâmpada precisa da luz para acender, como a canção precisa de alguém que a cante. Preciso do meu Amor que é agora invisível mas que dentro de mim está em união total com a minha alma. 



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